Google passa a ‘esconder’ sites incompatíveis com o mundo móvel Empresa vai considerar se página funciona bem em smartphones e tablets. Além de design adequado, páginas têm de carregar com internet móvel.

21/04/2015 06h00 – Atualizado em 22/04/2015 15h49

Fonte: Helton Simões Gomes Do G1, em São Paulo

Páginas do Google exibidas no computador e no celular. (Foto: G1)
Páginas do Google exibidas no computador e no celular. (Foto: G1)

As páginas na internet não preparadas para smartphones estão prestes a escorregar para bem longe do topo de pesquisas feitas no Google. A gigante da tecnologia passa a considerar se um site é amigável a dispositivos móveis como um dos critérios para escondê-lo ou ranqueá-lo entre os primeiros resultados da pesquisa. A novidade vale a partir desta terça-feira (21).

“Essa mudança afetará as pesquisas móveis em todas as línguas ao redor do mundo e irá ter significantes impactes nos nossos resultados de busca”, informou o Google, em fevereiro. Ela é uma resposta da empresa à tendência cada vez maior de a navegação na rede migrar do computador de mesa para dispositivos móveis.

(Após a publicação do texto, o Google informou que a mudança do algoritmo vale apenas para pesquisas feitas em celulares e que a adoção do design responsivo é um entre outros 200 critérios para avaliar a relevância de uma página; o texto foi corrigido)

Desce
“Conforme mais pessoas usam dispositivos móveis para acessar a internet, nossos algoritmos têm de se adaptar a essa camada de uso”, afirmou o Google. Os algoritmos da ferramenta de busca do Google consideram critérios para privilegiar certas páginas e não outras como relevância, disponibilidade (estar constantemente fora do ar não é bem visto) e balanceamento entre o conteúdo o buscado e o exibido pelo site (os “robozinhos” do Google são capazes de detectar se uma página exibe informações consistentes ou se apenas as reproduzem para se sobressair).

Passa a fazer parte dessa avaliação o chamado “design responsivo”, ou seja, a calibragem de uma página para ser mostrada nas telas de smartphones e tablets. Conta também a performance de conexão site. Se ela é leve o suficiente para carregar considerando as velocidades da internet móvel, menores que as do acesso fixo. Segundo a empresa, sendo esse um dentre 200 outros critérios de avaliação, caso os outros atestem a relevância da página, ela ainda assim será exibida no topo. O Google já realizou mudanças como essa em seu algoritmo para, por exemplo, “esconder” sites que ofereciam o download pirata de conteúdos.

Agora, a alteração tem forte potencial de mudar a vida de empresas com forte atuação no mundo digital. “Imagina uma loja de comércio eletrônico que não tenha um site móvel e precise do tráfego orgânico do Google. Esse site vai cair no ranking e isso pode gerar impacto na receita dessa empresa”, afirma Vinícius Agostini, diretor de marketing da Exceda, empresa que turbina a performance de serviços conectados.

Sobe
O caminho do Google até a completa adoção do chamado “design responsivo” como critério de ranqueamento foi construído aos poucos. No ano passado, começou a mostrar aos internautas quais eram os sites calibrados para o mundo móvel.

Para tornar a navegação mais próxima da rotina dos smartphones, a busca passou a informar não só páginas mas também aplicativos que pudesse contemplar as pesquisas. Ainda que seja um desafio, a mudança pode se tornar uma oportunidade. “Com essa mudança, se você fizer uma busca por ‘controle financeiro’, o Google vai mostrar apps que tratem desse tema”, afirma Agostini. Essa opção só vale se o usuário já tiver o aplicativo instalado. “Agora, o Google vai priorizar páginas de serviços q são bons para o meio que a pessoa está usando”, completa o executivo.

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